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Qual é o papel do reflorestamento na nossa sociedade?

Papel do reflorestamento na nossa sociedade

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O reflorestamento é necessário para ajudar na recuperação de florestas que foram devastadas por desastres naturais ou até pela ação humana, como as queimadas que ocorreram recentemente na parte brasileira da floresta amazônica e chocaram o mundo. Além disso, torna-se necessário que esforços sejam feitos para conter esses desmatamentos, que em grande parte são realizados por queimadas, visto que atualmente as florestas cobrem menos de 5% da superfície do planeta.

As arvores grandes das florestas nativas, como as que temos na floresta Amazônica, por terem raízes muito profundas, retiram a água do solo a qual evapora para o meio ambiente por meio de suas folhas. A floresta amazônica consegue jogar no ar, nada menos, que 20 bilhões de toneladas de água num único dia.  Daí a importância de sua conservação.

Florestamento x florestamento

O reflorestamento é o plantio e a manutenção das espécies de vegetação nas florestas degradadas e ele ocorre por diversos motivos que explicaremos mais à frente.

Mas, além do reflorestamento temos também o florestamento que é diferente. Neste, ocorre a plantação de vegetação em áreas onde não havia floresta anteriormente.

Tipos de reflorestamento

O reflorestamento pode ser:

  • Homogêneo: no qual é utilizada uma única espécie. Esse tipo é muito utilizado para atender a demandas das madeireiras e das demais indústrias, como as de celulose. O reflorestamento homogêneo é útil para ajudar a preservar as florestas nativas da exploração ilegal de madeira.
  • Heterogêneo: nesse tipo são utilizadas mais de uma espécie de árvores e ele serve para restaurar ecossistemas além de proteger mananciais.

O reflorestamento pode ocorrer por motivos ecológicos ou econômicos. O reflorestamento ecológico objetiva à reposição de árvores nativas para manter um determinado ecossistema. Ele serve ainda para repor áreas desmatadas que devido à gravidade do desmatamento não conseguiram se recuperar sozinhas.

Já o reflorestamento econômico visa atender atividades produtivas como as indústrias de celulose, carvão mineral, essências e alimentos. Nesse modelo são muito utilizadas as espécies de eucalipto (70%) e pinus (22%) por terem crescimento rápido em relação às espécies nativas e de madeiras nobres.  Além dessas espécies, existem outras com grande potencial econômico, como a copaíba, castanheira, ipê roxo, dentre outras.

No Brasil, o reflorestamento ocupa atualmente 6 milhões de hectares, sendo que as espécies predominantes são as para o uso econômico plantadas pelas grandes indústrias. O reflorestamento contribui para o desenvolvimento social devido à geração de emprego e renda, além é claro, de contribuir para a melhora ambiental.

Mas, não são somente as indústrias que usam a madeira ou seus componentes como matéria prima que se beneficiam do reflorestamento, até o agronegócio é beneficiado, pois, as florestas levam chuva para as plantações o que ajuda a reduzir os custos da produção com a irrigação.

Como a demanda por madeira é crescente no país, a grande vantagem do reflorestamento é que com a sua adoção as indústrias que utilizam madeiras podem deixar de extrair arvores nativas por meio de corte ilegal e começar a usar as madeiras de áreas reflorestadas com finalidade econômica.

O mercado consumidor também pode contribuir com o fomento ao reflorestamento e a proteção de nossas florestas nativas verificando se a madeira que está sendo comprada é certificada. Atualmente existem vários tipos de certificados e um deles é o selo SFC (Forest Stewardship Council – Conselho de Manejo Florestal). Esse selo é um sistema de certificação florestal internacionalmente reconhecido, que identifica produtos originados do bom manejo florestal. Ou seja, essa certificação atesta que a madeira foi extraída de acordo com a lei e teve sua produção monitorada rigorosamente não acarretando danos ao meio ambiente.

Diante disso, é preciso que o reflorestamento seja incentivado para se tornar uma alternativa sustentável à exploração ilegal madeireira no Brasil e no mundo, e que possa contribuir para a preservação das florestas nativas e da vida na Terra.