3 livros que falam sobre saúde mental
Começamos o mês de Setembro apoiando discussões importantíssimas! Este é o mês conhecido pelo movimento “Setembro Amarelo“, onde são abordadas discussões mais abertamente sobre suicídio, e o que pode ser feito para sua prevenção.
É especialmente difícil falar sobre este tópico, principalmente neste momento complicado de pandemia. Observamos diretamente o impacto emocional que o isolamento causou nas pessoas, colocando em jogo a sua saúde física e mental.
Em uma revisão recente com 29 pesquisas concluiu-se que os sintomas de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes dobraram após o início da pandemia do Coronavírus. (Fonte: Saúde Abril). Por isso é de extrema importância abordarmos este assunto e explicar um pouco melhor o que existe por trás da campanha “Setembro Amarelo”.
Contexto do setembro amarelo
Em 1994, Mike Emme, um jovem norte-americano, tirou a própria vida em seu Mustang 1968 amarelo. Em seu funeral, amigos e familiares distribuíram fitas amarelas e mensagens de apoio para consolar pessoas que estivessem passando pelo mesmo desespero de Mike.
A mensagem que se espalhou mundialmente, deu a ideia ao nome da campanha de prevenção ao suicídio “Setembro Amarelo”.
No Brasil existe uma instituição que oferece apoio emocional atuando na prevenção do suicídio, trata-se do Centro de Valorização da Vida (CVV), uma associação sem fins lucrativos, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. Caso precise conversar, basta acessar o chat no site da CVV ou pelo telefone (188).
Em apoio a este movimento tão importante, nós da iPressnet criamos uma lista com 3 livros que falam sobre saúde mental, para que você possa se integrar e refletir mais sobre esse tópico. O ideal é que nós possamos discutir sobre suicídio, depressão, ansiedade e qualquer outro tipo de neuro diversidade de forma aberta, clara e sem tabus.
As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky (2007)
Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras. O livro reúne os escritos de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe – a não ser pelo que ele conta nessas correspondências – que vive um claro quadro de depressão. Charlie conta um pouco da sua vida nos anos 90, e suas palavras mostram que ele vive entre a apatia e o entusiasmo, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. A obra foi adaptada para o cinema em 2012, com Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller no elenco.
Uma História Meio Que Engraçada – Ned Vizzini (2007)
Sim, a história é um pouco engraçada, você vai rir de muitas situações mas, a verdade é que trata de suicídio, depressão e mostra outras doenças mentais. Craig Gilner é um adolescente que parece ter a vida ganha: estuda em um colégio de prestígio e está prestes a prestar um exame de admissão para entrar na faculdade. O problema é que Craig começa a se sentir pressionado por todos os lados e entra em crise. Diagnosticado com depressão, ele tenta se suicidar, mas decide ligar para o Centro de Prevenção ao Suicídio. Ele então é internado na ala de psiquiatria para adultos de um hospital pelo período de uma semana. O livro mostra as experiências do rapaz no hospital e as pessoas que ele conheceu. Em 2010, a obra foi adaptada para o cinema com o filme “Se Enlouquecer, Não Se Apaixone”.
Crocodilo – Javier Arancibia Contreras (2019)
“Hoje, meu filho Pedro pulou da janela do seu apartamento(…)”, assim começa o romance de Javier A. Contreras, um relato sobre o suicídio e a angústia dos que permanecem. Ao contar a história dos sete dias que se seguem à morte de Pedro, o autor embarca em uma narrativa que aborda temas como a relação pai-filho, o caos do mundo moderno e as expectativas que nutrimos e frustramos no decorrer da vida. Com ritmo fluido, os sentimentos de Ruy, pai de Pedro, são trazidos à superfície em um misto de raiva e desolação. Ao perder o único filho, Ruy reavalia não só sua relação com a paternidade, mas com todo o mundo à sua volta.